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Diante da crescente demanda das compras de produtos e serviços pela internet, muitos consumidores relatam problemas enfrentados com a segurança no ambiente virtual.
Criminosos aproveitam a alta procura e criam páginas falsas, o famoso perfil fake, para aplicar golpes, anunciando produtos que se encaixam na lista de desejos dos consumidores, muitos deles já esgotados em lojas físicas.
Para evitar ser vítima de fraudes, o especialista George Araújo, Advogado e Consultor Jurídico em Direito do Consumidor, dá algumas dicas importantes.
Verifique o perfil do vendedor nas redes sociais: uma simples busca nas redes sociais da empresa/vendedor pode revelar detalhes sobre a confiabilidade. “Empresas sérias e consolidadas interagem com o consumidor e atraem para suas páginas, sempre na busca de ofertas e novidades”, destaca George, alertando ainda que um número de seguidores muito abaixo do suposto tamanho da empresa e a baixa interação nas postagens pode caracterizar um perfil falso.
Faça uma consulta das reclamações de outros consumidores: busque saber como foi a experiência de outros compradores com aquela empresa. “Atente para informações sobre descumprimento de prazo de entrega ou ausência de resposta aos pedidos formulados em canais de atendimento. Isto pode revelar a vulnerabilidade da empresa no pós-venda”, orienta o advogado.
Desconfie de preços muito baixos: uma arma muito usada pelos golpistas para atrair clientes é a oferta com valores muito abaixo da média do mercado. Para o especialista, uma maneira de evitar este golpe é pesquisar preços de produtos semelhantes e desconfiar sempre de grandes pechinchas: “Uma política de descontos muito agressiva pode ser tentadora, mas se não for razoável é preciso ficar alerta”.
Exclusividade de produtos em estoque nem sempre é um bom sinal: ofertar itens sazonais, geralmente em falta no mercado, é um dos golpes que atrai muitos consumidores, já que aquele produto dificilmente seria encontrado em outra loja.
Atenção às formas de pagamento:opte sempre por formas seguras de pagamento, como boleto. Depósito ou transferência bancária para conta de pessoa física só em casos excepcionais! George lembra que checar as informações comerciais da pessoa jurídica pode evitar transtornos futuros. Mas é importante ressaltar que, com o atual cenário econômico, muitos empreendedores estão oferecendo produtos em páginas pessoais, começando por parentes e amigos. Este seria um caso justificável para operações de crédito em nome de pessoa física, mas sempre atentando às outras dicas de segurança.
Saber se a empresa realmente existe: através da própria web é possível verificar os dados e situação cadastral das empresas junto à Receita Federal, informando o CNPJ do fornecedor. “Quando se compra pela primeira vez em um site, é essencial buscar informações sobre a existência e atividade da empresa”.
Indicação é o melhor aval: uma das formas de validar os produtos e fornecedores é a opinião de quem já comprou. Contudo, é importante lembrar que ainda existem aqueles que forjam os depoimentos em suas páginas. Não tenha preguiça de procurar informações, não só no site da empresa, mas também em mecanismos de busca de reclamações, além de checar a opinião de conhecidos sobre o produto.
Na dúvida, não ‘bata o martelo’: se depois de todos estes passos alguma informação não ficou clara ou não conseguiu checar a veracidade dos dados da empresa, é melhor desistir da compra! “Ter paciência na hora da compra, deixando as emoções de lado e não agindo por impulso, evitará dores de cabeça e o arrependimento posterior”, reforça o consultor
*George Araújo* é Advogado e Consultor Jurídico militante na área de Direito do Consumidor, tendo atuado no quadro técnico da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado da Bahia, nas áreas de assessoria, educação e fiscalização.