Foto: André Fofano |
Mais que um evento musical, uma verdadeira união de tribos, de diferentes vibes e energias positivas. Assim foi a primeira edição do STU Festival, realizado em Salvador, neste último final de semana. Durante os três dias de evento, de 17 a 19 de janeiro, milhares de fãs da música eletrônica, rap, reggae e rock’n roll lotaram cada metro quadrado do Parque Costa Azul. Com realizado do Polo Cultural, idealizado pelo Rio de Negócios, com 1patrocínio da Oi e Governo do Estado da Bahia por meio do Programa Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda, o STU Festival fez uma estreia digna para se tornar evento de calendário da capital baiana.
No palco, apresentações épicas de importantes nomes do cenário alternativo e cultural da música baiana e nacional. A abertura do festival ficou por conta do baiano Pedro Pondé, que apresentou sucessos da carreira tendo cada estrofe cantada pela multidão que preencheu a plateia do anfiteatro, a exemplo da canção Carcará, que não pode faltar no repertório. Exaltando a cultura musical baiana, Pondé ainda prestou homenagem ao Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy e BaianaSystem, sem deixar de reverenciar grandes nomes como Olodum, Gerônimo e Margareth Menezes.
Foto: André Fofano |
Fechando a primeira noite, a Bahia seguiu sendo representada com as batidas pesadas da banda Vivendo do Ócio. Explodindo adrenalina do palco para plateia, o grupo fez a galera “bater cabeça” com canções dos mais de dez anos de estrada. Músicas mais recentes, como Muito e Cê Pode também agitaram os milhares de espectadores. Mas, com tanto tempo de rock’n roll na veia, sucessos como Dilema, Nostalgia, Por um Punhado de Reais fizeram a alegria dos fãs declarados do grupo.
Fora do palco, o público pode encontrar as mais diversas manifestações artísticas e opções gastronômicas com diferentes foodtrucks, além de atividades voltadas para todas as idades, como exposições e oficinas de artes e dança. Na tenda eletrônica alternativa, DJs não deixaram a música parar em nenhum momento. Nomes como DJ Branco, Bruxa Braba e Gayance foram alguns que embalaram o público do STU Festival antes, nos intervalos e depois das apresentações principais.
Foto: André Fofano |
Na segunda noite, o pontapé inicial da grade de shows foi dado pelo rap diferenciado da Família Tríplice, que de forma inovadora, conta com dançarinos no palco durante a apresentação. Antes, a dança já tinha tomada conta do local, quando o breakdance de Flávia Rockers mostrou toda desenvoltura da arte ao público. Em seguida, a mistura contagiante de rap e rock da banda Zuhri incendiou o palco do parque. Formada pelos MCs Faster e Representativo, na voz e composição, além de Jad Venttura (guitarra), João Paulo Rangel (bateria), Felipe Pires (baixo e teclado) e Bruno Torres (sax), o grupo ainda apresentou uma vertente de jazz que compõe o primeiro EP, tendo como destaque a canção Humbora Groovar.
Mas, a plateia completamente lotada, aguardava ansiosamente pela grande atração da noite, a banda Nação Zumbi, que subiu ao palco e não decepcionou nem o mais duro dos críticos. Com quase três décadas de música, o grupo liderado pelo cantor Jorge dü Peixe não deixou nenhum corpo parado e nenhuma boca calada ao percorrer pela história com sucessos como Da Lama ao Caos, A Cidade, A Praieira, Meu Maracatu Pesa uma Tonelada, Hoje, Amanhã e Depois e Bossa Nostra. Um dos momentos mais marcantes do show foi com a música Quando a Maré Encher, quando um imenso coral entoou cada verso pelos ares da orla da capital baiana.
Foto: André Fofano |
Já a terceira e última noite do STU Festival deu início com a batalha de rima, que premiou o MC Bruno Supeito com R$ 300 (campeão) e R$ 150 o jovem Ralk, que surgiu da plateia e ficou com o segundo lugar da competição. Em seguida, a companhia Máfia Dance mostrou toda desenvoltura da dança em diferentes ritmos. Logo depois foi a vez dos representantes do reggae dar o tom e levar vibes positivas para o público. A banda Flor da Tailândia apresentou os maiores sucessos do gênero da Bahia, do Brasil e do mundo.
Para fechar com chave de ouro, a atração mais aguardada do domingo levou a galera ao delírio. Ministereo Público trouxe as batidas do rap, funk e reggae na companhia de um dos maiores representantes do punk rock nacional, o cantor Bnegão (ex-Planet Hemp). Além de prestar homenagem a grupos como Charlie Brown Jr, Sabotagem e outros, ele relembrou sucessos do grupo que dividia os vocais com Marcelo D2, como Mantenha o Respeito e Dig Dig Dig.
Foto: André Fofano |