A região Nordeste registrou aumento percentual de participação no Mercado de Fusão e Aquisições. Os dados são do último levantamento sobre esse mercado realizado pela PwC Brasil. A compra de projetos de geração de energia eólica na Serra da Gameleira, na Bahia, pela Neoenergia, no valor de R$ 80 milhões, por exemplo, contribuiu para esse crescimento.
No levantamento relativo ao mês de agosto, o Nordeste ocupava a terceira posição entre os estados, com participação de 8%. Nos dados referentes à setembro, e que consideram todas as transações realizadas no ano até esse mesmo período, a taxa percentual subiu para 9%. A região, no entanto, se manteve no mesmo lugar no ranking. O Sudeste segue na liderança, com 66% de participação.
Os dados da pesquisa apontaram ainda que, em todo o país, entre janeiro e setembro deste ano, foram realizadas 687 fusões e aquisições, um volume 34% maior à média dos últimos 5 anos (de 511 transações). Os números também sinalizam aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram contabilizadas 614 negociações.
Só em setembro deste ano, foram registradas 92 transições. Esse resultado é considerado expressivo com tendência de recuperação do mercado de fusões e aquisições, que foi muito afetado pelos efeitos das medidas de contenção provocados pela pandemia da Covid-19 em todo o país.
Entre os setores que se destacaram nas ações concretizadas estão o de Tecnologia da Informação (TI), Serviços Auxiliares, Serviços de Saúde, Serviços Públicos e Financeiros. Juntos, os cinco segmentos contabilizaram 427 transações no intervalo considerado pela pesquisa, o equivalente à 62% do total de negócios efetivados.
O setor de Tecnologia da Informação, por exemplo, foi responsável por 256 transações, representando 37% do total do primeiro semestre e uma quantidade 4% maior do que a verificada no mesmo período de 2019.
O levantamento apontou ainda que no consolidado até setembro de 2020, as transações envolvendo investidores nacionais correspondem a 74% das aquisições e compras minoritárias, uma máxima histórica para o período. Em comparação com o ano passado, houve aumento de 26% no interesse dos investidores nacionais.