Dr. César Anibal Aguiar Benavides é formado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco e há mais de 16 anos está em Campo Grande – MS. No ano de 2004 tornou-se Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (ASPS) e atualmente também é Membro Internacional da American Society Of Plastic Surgeons. Além das atividades em consultório e a prática em cirurgia estética e reparadora, ministra aulas para o curso de medicina como professor convidado e já exerceu cargos como presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia plástica (SBCP), tesoureiro e secretário da SBCP-MS, e atua como Perito Médico Judicial em Cirurgia Plástica.
Para falar sobre “fake news” nas redes sociais sobre cirurgias plásticas e fazer um alerta sobre como as pessoas devem se prevenir dentre outros assuntos relacionados ao tema, que eu entrevistei o Dr. César Benavides.
Com o avanço da pandemia e a chegada das vacinas tem havido muitas fake news. Como isto tem impactado na vida das pessoas?
Dr. César Anibal Aguiar Benavides – As fake news relacionadas as vacinas tem cultivado a insegurança e receio para a imunização .sabemos que desde muito antes da pandemia há movimentos na internet que condenam a imunização através das vacinas mesmo que tenhamos larga informação e embasamento cientifico.
Como saber se as propagandas sobre cirurgias plásticas, veiculadas nas redes sociais são falsas ou não?
Dr. César Anibal Aguiar Benavides – Primeiro devemos checar se o profissional realmente é especialista. Para isso é importante acessar o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica: www.cirurgiaplastica.org.br
– Segundo: muito cuidado com falsas promessas, preços baixíssimos e exposição de fotos pré e pós-operatórias (atualmente proibidas pelo Conselho Federal de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).
Quais os cuidados que todos precisam ter na hora que entram em contato com as fake news?
Dr. César Anibal Aguiar Benavides – Existem fotos em que o pano de fundo muda, e se coloca óleo e sombras para acentuar musculatura e contornos. Algumas fotos são submetidas a alterações por programas tão realísticos que as fotos são consideradas “deep fake pictures”. Lembramos que na maioria das vezes essas fotos não refletem nem de longe a expectativa e ilusão à qual pacientes são induzidos.
As fake news podem matar? Como?
Dr. César Anibal Aguiar Benavides – Fake news podem contribuir ou induzir pacientes a se exporem a maiores riscos, inclusive complicações graves e fatais.
Qual o seu alerta as pessoas no tocante a prevenção as fake news?
Dr. César Anibal Aguiar Benavides – Antes de repostar ou marcar ou encaminhar alguma suspeita de “fake news” antes de tudo certifique-se, busque fontes seguras e confiáveis. Não acredite em milagres. Cuidado com teorias da conspiração por politização dos diversos assuntos seja com relação às vacinas ou a cirurgia plástica.
No seu livro: “Esclarecendo sobre Cirurgia plástica”, o senhor dá dicas de como se prevenir contra as “fake news”? Quais são as principais dicas?
Dr. César Anibal Aguiar Benavides – Sim. No livro temos um capitulo especifico que trata sobre as armadilhas das redes sociais e internet em geral na escolha do cirurgião plástico. A principal e primeira dica é verificar se o profissional realmente é especialista, se possui registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e no CRM através do RQE que é o registro de qualificação na especialidade.
A quem procurar e como denunciar as “fake news” encontradas nas redes sociais?
Dr. César Anibal Aguiar Benavides – É ideal é que a pessoa que foi prejudicada com alguma notícia falsa, procure esclarecimentos oficiais nos órgãos reguladores de saúde e ou comunique a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos casos em que um indivíduo esteja se passando por cirurgião plástico sem ser. Todavia, há dentro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o departamento de defesa profissional, conhecido como DEPRO, que fiscaliza as redes sociais dos cirurgiões plásticos, adverte e pune os profissionais que estejam porventura tendo uma conduta antiética.
Instagram: @joaocostaooficial
João Costa