Principal site de namoro para casados do mundo também levantou os motivos para essa mudança e a forma com que os adúlteros têm se preparado para isso
O ano passado foi uma época de caos e grandes mudanças, que forçaram a maioria das pessoas a fazer um balanço do que é importante na vida e o que elas realmente querem no futuro. Ashley Madison, o principal site de namoro para casados do mundo, fez uma pesquisa* com seus membros para descobrir como 2020 afetou seus hábitos de traição e o que eles estão procurando em um caso durante esta pandemia. A pesquisa revelou uma mudança interessante de uma abordagem despreocupada e casual de conciliar vários parceiros para uma busca mais intencional e focada por um único affair monogâmico.
Embora os objetivos dos casos sejam notavelmente diferentes neste ano, os membros continuam entusiasmados em manter relacionamentos extraconjugais, com a maioria dos entrevistados (63%) notando que estão tão ou mais animados em comparação com o ano anterior. Quase metade (44%) planeja viver o momento e aceitar as coisas como elas são, enquanto cerca de um terço (30%) indica uma intenção clara de reduzir os parceiros amorosos, optando pela qualidade em vez da quantidade. Quando questionados sobre o motivo, a principal resposta foi uma preferência por ser monogâmico (52%), seguida por sentir-se sobrecarregado de tarefas que ocupam seu tempo e foco (42%).
“Estamos vendo uma tendência de nossos membros serem mais seletivos em termos de com quem se relacionam e acho que isso é natural, considerando o fato de que todos nós precisamos ser mais cautelosos agora”, diz Isabella Mise, Diretora de Comunicações de Ashley Madison. “Simplificar a vida amorosa para ter um parceiro de cada vez satisfaz o desejo de novidade e conexão externa que nossos membros desejam, ao mesmo tempo em que dá uma sensação de estabilidade e apoio emocional de que eles precisam”.
Embora a infidelidade, por definição, seja uma violação da monogamia, os adúlteros ainda acreditam que a exclusividade sexual e/ou emocional pode ser atingida dentro do casamento. Na verdade, 35% deles dizem que funciona para algumas pessoas e 29% afirmam que é a maneira certa de ter um relacionamento se você encontrou a pessoa certa. Porém, 31% dizem que a monogamia não é algo que possam manter e outros 31% afirmam que um relacionamento amoroso pode, de fato, existir sem monogamia. Isso decorre principalmente da necessidade de se apropriar da própria sexualidade, algo que os membros muitas vezes têm dificuldade em fazer dentro de seu casamento.
Por exemplo, quando solicitados a comparar o que consideram atos de infidelidade com o que seu cônjuge pensa, os membros relatam que seus cônjuges são muito mais rígidos com coisas como flertar, falar com um ex, ser amigo de alguém do sexo por que sente atração, ou interagir com as postagens de alguém nas redes sociais. O mais interessante, porém, é a forte aversão do cônjuge por atividades sexuais que alguém normalmente faria sozinho, como masturbar-se, assistir pornografia e ler contos eróticos.
“Para alguns parceiros casados, tocar a vulva ou o pênis, mesmo que seja no próprio corpo, é uma traição ao seu acordo de monogamia implícito”, diz a Dra. Tammy Nelson, autora de ‘When You’re the One Who Cheats’ (ainda não lançado no Brasil). “Eu chamo isso de ‘monogamia anatômica’. O cônjuge pode sentir que, uma vez que os votos matrimoniais sejam feitos, ele deve ser o único a tocar as partes íntimas do parceiro. Mesmo que eles não tenham vontade de tocá-los, ninguém deveria tocá-los.”
Dado o fato de que a maioria dos membros não está fazendo sexo com seus cônjuges agora, é apropriado, então, que 64% por cento estejam mais ansiosos para o componente sexual dos casos este ano, e 61% deles usaram 2020 para se preparar para isso. Deste último grupo, 35% investiram na aparência física, 26% fizeram alguma autorreflexão para abordar seus affairs com mais intenção e 25% adotaram uma visão mais positiva da vida. Se 2020 foi um ano de lições, 2021 é o ano para aplicar os aprendizados. Até agora, os adúlteros estão começando o ano com affairs assuntos monogâmicos e conscientes.