Gestantes portadoras de enfermidades gengivais, cáries, periodontite, entre outros problemas bucais têm maior propensão ao parto prematuro e nascimento de crianças com peso abaixo do normal. Os estudos científicos indicam que as doenças citadas aumentam os níveis dos fluidos biológicos que, por sua vez, estimulam as contrações que levam ao parto antes da hora. De acordo com o levantamento, quando uma enfermidade gengival piora durante a gravidez, o risco de o bebê nascer prematuro aumenta consideravelmente.
De acordo com a dentista Margareth Macêdo, especialista em periodontia, as alterações hormonais vividas durante a gestação levam à diminuição do fluxo de saliva e de sua ação protetora. “As grávidas passam a comer um pouco mais e essa combinação gera um aumento da acidez na boca, o que facilita o surgimento de mais germes e bactérias que podem causar os problemas bucais”, explica a especialista.
Por isso, principalmente durante a gravidez, os dentistas precisam ser consultados para um controle eficiente da saúde geral da grávida. Quem engravidar e já tiver problemas bucais avançados, deve buscar o atendimento de especialista com mais urgência.
Em casos como canal, por exemplo, até o terceiro mês não é indicado fazer, mas é preciso afastar as dores inicialmente. “No primeiro trimestre não se faz o canal por causa das radiografias, que podem levar a má formação do bebê. Nesses casos, a polpa (nervo) inflamada é retirada, coloca-se um curativo e uma restauração provisória para concluir o tratamento depois. Mas as restaurações simples, limpeza e extrações podem e devem ser feitos. Os problemas mais sérios de gengivas, como a periodontite, se negligenciados podem levar ao parto prematuro”, alerta a dentista.
A profissional:
Dra. Margareth Macedo é formado pela UFBa (Universidade Federal da Bahia), com especialização em periodontia. Têm também atualizações em prótese, cirurgia, estética, endodontia e em tratamento de disfunção temporomandibular e dor oro facial. CROBA: 7811.
Instagram: @dra.margareth