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Você já ouviu falar em paz tóxica? Parece uma ambiguidade se parar para pensar, no entanto não é.

Crédito fotógrafo: Octacilio Barbosa

Já é cientificamente comprovado que ter gratidão, bons hábitos e pensamentos positivos influenciam na paz, equilíbrio e felicidade das pessoas. Com isso, cada vez mais essas variáveis tão significativas vem tomando uma proporção enorme nas relações sociais e nos convívios em todos os ambientes.

Entretanto, quem está feliz o tempo todo? Ninguém. Ninguém saudável está feliz o tempo inteiro. O que diferencia uma pessoa da outra em relação à felicidade é a maneira como ela vive. Pessoas felizes tem boas relações na maior parte do tempo.

A imposição de precisar estar bem em todos os aspectos vem causando diversos sintomas nas pessoas, as quais não conseguem encontrar a verdadeira causa de suas frustrações, com isso, aumentando os transtornos de ansiedade, gastrites nervosas, síndromes do pânico entre outros.

Não faz mal se sentir mal!

Crescemos com frases de “autoestima” que nos ensinam como devemos nos portar nas mais diversas situações, principalmente nos momentos ruins. “Não fique triste”, “já já isso passa”, “meninos não choram”, “se você chorar irá demonstrar fraqueza”! Essas e tantas outras falas são exemplos que nos mostram que não podemos ficar tristes.

Alegria, tristeza, raiva e preguiça, são as nossas emoções básicas. Elas fazem parte de nós. Sim, temos a permissão de ficarmos tristes e sentirmos raiva! Contudo, sentir-se triste por momentos específicos é diferente de viver diariamente imerso na tristeza. Se você se identifica com uma infelicidade e um desânimo em demasia, procure ajuda de um profissional, para que juntos possam encontrar a razão e formas de lidar com isso.

A paz interior tão falada, precisa ser verdadeira. Caso ela seja forçada, perde o sentido. Mas como sentir paz verdadeira?

Primeiro, aceite o momento que está vivendo, somente assim, você conseguirá agir e mudar.

Busque fazer algo que lhe agrade, mesmo que isso não seja a moda do momento ou do agrado de alguém próximo. Pense em você!

Exercícios físicos são ótimos! Eles liberam hormônios do prazer, mas não cumprirão seu objetivo se você não gostar de se exercitar. Tomar um banho relaxante, com cremes e óleos cheirosos, ouvindo uma boa música também liberam esses hormônios.

Se conheça. Perceba o que lhe faz bem e o que te lhe mal, assim saberá como agir nas mais diversas situações.

Fazer terapia não é “coisa de gente maluca”, e irá te ajudar nesse autoconhecimento e fazer com que você descubra suas potencialidades e focar nelas.

Tudo bem não estar bem! Respeite suas emoções, sinta-as, assim elas tomarão os rumos que devem ser tomados e você se sentirá melhor.

Luciana Biulchi

Gestalt-terapeuta

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